Entre Altos e Baixos, Quem És Tu?
A vida não é uma linha reta. É uma dança. Uma sucessão de passos incertos entre momentos de luz e sombras, conquistas e quedas, encontros e despedidas. Há dias em que sentimos que tudo flui, que o mundo sorri para nós. E há dias em que o chão parece fugir dos nossos pés, como se estivéssemos a perder o controlo.
Mas será que alguma vez tivemos esse controlo?
Vivemos numa cultura que nos ensina a perseguir a felicidade como um estado permanente. Como se o sucesso fosse um destino e a alegria, uma obrigação. Mas a verdade é que a vida acontece no movimento – e esse movimento inclui altos e baixos, começos e fins, caos e renascimento.
Os Altos: Quando Tudo Faz Sentido
Nos momentos altos, sentimo-nos alinhados. Os desafios parecem menores, as respostas aparecem com clareza, e o coração bate com entusiasmo. Sentimos que estamos onde deveríamos estar.
Mas mesmo esses momentos trazem desafios. Porque quando tudo está bem, surge o medo de perder. A mente sussurra: “E se isto acabar? E se não souber manter esta felicidade?”
A verdade é que os altos não existem para serem permanentes. Eles são como o nascer do sol – um instante dourado para ser vivido, não para ser aprisionado.
Os Baixos: O Peso da Travessia
Depois, vêm os dias em que tudo parece mais difícil. A vida desacelera, as respostas desaparecem, e a dúvida instala-se. É aqui que muitos desistem. Porque dói. Porque o caminho não está claro.
Mas os momentos baixos não são castigos. São convites. Convites para parar, olhar para dentro e crescer. Como escreve Eckhart Tolle, “as situações difíceis ensinam-nos aquilo que precisamos de aprender, não o que queremos aprender”.
Se estás num momento de queda, pergunta-te: o que este momento tem para me ensinar? Que partes de mim estão a resistir à mudança?
A Arte de Dançar Entre Altos e Baixos
A verdadeira força não está em evitar os momentos difíceis, mas em aprender a atravessá-los com consciência.
Aqui estão algumas formas de te manteres centrado, independentemente de onde estás na dança da vida:
- Aceitação: Para de lutar contra o que é. A resistência só gera mais dor. Aceita que a vida tem ciclos e confia no fluxo.
- Presença: Não fiques preso no passado nem ansioso pelo futuro. Vive o agora, porque é aqui que a vida acontece.
- Autocompaixão: Nos dias bons, celebra sem culpa. Nos dias difíceis, acolhe-te sem julgamento.
- Perspetiva: Lembra-te que tudo passa. Nenhum alto é eterno, mas nenhum baixo também é.
Carl Jung dizia que “aquilo a que resistes, persiste”. Então, em vez de te perderes na luta contra a vida, aprende a escutá-la. Porque no fim, não são os altos nem os baixos que definem quem és. O que te define é a forma como escolhes caminhar entre eles.
E tu? Como tens dançado entre os altos e baixos da tua vida?
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